F1 crê que circuito da Arábia Saudita ficará pronto a tempo, apesar de atraso

Com a conclusão de mais uma etapa da Fórmula 1 em 2021, no GP de São Paulo do último domingo, os olhos da categoria se voltam para as três rodadas finais do campeonato; entre elas, porém, está o ainda inacabado Circuito de Jeddah, palco do estreante GP da Arábia Saudita em 5 de dezembro. Mas apesar da etapa enfrentar longos atrasos nas obras, a F1 acredita que a pista será concluída a tempo.

É possível que algumas coisas ainda não estejam prontas, mas a pista estará feita, tudo que é prioridade está lá. Vocês verão o nível de show que eles vão trazer também, muito trabalho foi feito – comentou Stefano Domenicali, presidente da categoria.
A prova sucederá o também estreante GP do Catar, que será realizado neste fim de semana. Será a primeira vez que a Arábia Saudita receberá a F1.

A promessa é que o circuito, localizado às margens do Mar Vermelho, seja o segundo maior do campeonato com 27 curvas e 6,175 km de comprimento – atrás apenas de Spa-Francorchamps, que tem 7,004 km.

No entanto, o atraso no cronograma das obras já é uma realidade reconhecida pela organização da prova desde setembro, embora garantam estar “correndo contra o relógio” para assegurar a prova no próximo mês. A última atualização sobre o andamento da construção detalha que, além da pista, o paddock e as áreas de hospitalidade foram concluídos.

O diretor esportivo da F1, Steve Nielsen, revelou que os organizadores da etapa temem não entregar o circuito em tempo para a corrida. Mas apesar do ceticismo, o trabalho na capital saudita continua:

É um projeto ambicioso, será uma grande instalação. Eles estão lutando contra isso, mas eles estão literalmente trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, como estão há muito tempo. Vi mais algumas fotos e fizeram um grande progresso. Ainda assim há muito a fazer, mas estou confiante que teremos tudo para realizar a corrida em segurança.

A organização de defesa aos Direitos Humanos, Anistia Internacional, chamou atenção para o risco do GP da Arábia Saudita ser utilizado para desviar a atenção das acusações de violação dos direitos humanos das quais o governo saudita é alvo.
O governo do país é acusado de prisões arbitrárias e execuções de opositores e ativistas, além de também ser criticado por limitar o direito das mulheres e criminalizar a homossexualidade. Apesar disso, promotor da corrida em, o príncipe Khalid Bin Sultan Al Faisal, se diz aberto a conversar com os pilotos sobre a questão e garante que todos presentes na etapa terão liberdade.

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